Recife do Antigo ao Novo

Há quem diga que o Recife não é mais aquele, suas troças, seus bailes de carnaval... Dizem por ai que ele está tomado pela miséria e banhistas decepados por tubarões.
Eu sei, eu ouço lá fora!

Só que eu não acho não! Ainda posso me dar o luxo de só ver o que quero, sem no entanto ficar alheio às desgraças... apenas não encho meus olhos com futilidades e faço o que posso e o que não posso!



Postei aqui um monte de fotografias de minha autoria e também de outros colegas curiosos, tem umas músicas e uns vídeos, tem também alguns comentários de uma reca de gente boa que ajuda a nossa cidade ser considerada a mais badalada do Nordeste!

Entra ai e fala também!

Tá tudo certo com o Recife, vê só:

Enquanto isso FORA DO RECIFE


O Brasil
(Descrição física e política)

     O Brasil é um país maior do que os menores e menor do que os maiores. É um país grande porque, medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno. Divide-se em três zonas climáticas absolutamente distintas: a primeira, a segunda e a terceira, sendo que a segunda fica entre a primeira e a terceira. As montanhas são consideravelmente mais altas que as planícies, estando sempre acima do nível do mar. Há muitas diferenças entre as várias regiões geográficas do país, mas a mais importante é a principal. Na agricultura faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais, enquanto a pecuária especializou-se na criação de gado. A população é toda baseada no elemento humano, sendo que as pessoas não nascidas no país são, sem exceção, estrangeiras. Na indústria fabricam-se produtos industriais, sobretudo iguais e semelhantes, sem deixar-se de lado os diferentes. No campo da exploração dos minérios, o país tem uma posição só inferior aos que lhe estão acima, sendo, porém, muito maior produtor do que todos os países que não atingiram o seu nível. Pode-se dizer que, excetuando seus concorrentes, é o único produtor de minérios no mundo inteiro. Tão privilegiada é hoje a situação do país, que os cientistas procuram apenas descobrir o que não está descoberto, deixando para a indústria tudo que já foi aprovado como industrializável, e para o comércio tudo o que é vendável. Na arte também não há ciência, reservando-se esta atividade exclusivamente para os artistas. Quanto aos escritores, são recrutados geralmente entre os intelectuais. É, enfim, o país do futuro, sendo que este se aproxima a cada dia que passa.

FERNANDES, Millôr. Lições de um ignorante.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se quiser pode comentar